quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mais 3 Estados ganham Juizados da Vioência Doméstica


Até o final deste ano serão instalados Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher em mais três estados brasileiros: Rondônia, Santa Catarina e Paraíba. Assim, a meta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de implantar pelo menos uma unidade especializada em cada estado da Federação estará praticamente cumprida, restando apenas o estado de Sergipe implantar seu juizado. A ampliação de Juizados de Violência Doméstica faz parte da política institucional do CNJ que visa dar efetividade à Lei Maria da Penha e desenvolver políticas públicas e planejamento estratégico de proteção à mulher.A definição foi comunicada, na última quinta-feira (22/7), durante reunião dos Tribunais de Justiça desses estados com a presidente da Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania do CNJ, conselheira Morgana Richa, além das juízas Adriana Mello e Luciane Bortoleto, integrantes do grupo gestor dos Mutirões da Cidadania. De acordo com a conselheira, a Lei Maria da Penha representa avanço na promoção dos direitos fundamentais, na tutela dos direitos das mulheres que sofrem com a violência doméstica.Para que os efeitos sejam disseminados diante da população é preciso que se apliquem efetivamente as medidas protetivas e as sanções eficazes por meio das unidades especificas de atendimento. “A violência doméstica é um problema que atinge as relações humanas e diz respeito à sociedade como um todo. A importância da Lei Maria da Penha, que prevê a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, é inquestionável e vem sendo tratada como prioridade pelo CNJ”, completou a conselheira.Apresentado em março deste ano, durante a IV Jornada da Lei Maria da Penha e executado pelo programa Mutirões da Cidadania, o projeto propõe a divulgação do tema, a capacitação dos magistrados e a padronização de rotinas. “As mulheres precisam saber, independentemente do local, a quem podem recorrer quando vítimas de violência”, complementa Morgana Richa.Para o Juiz do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) Álvaro Kalix Ferro, essa adesão é de extrema importância para população do estado, pois o atendimento à mulher é sempre prioridade e precisa ser tratado de forma especializada. Segundo o Juiz do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) Odson Cardoso Filho, com a instalação do Juizado em Santa Catarina, a unidade terá autonomia e ajudará a criar soluções efetivas para o atendimento às mulheres em risco.Segundo a vice-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargadora Maria de Fátima Morais Bezerra Cavalcanti, a expectativa é que o juizado seja instalado durante o II Fórum Nacional de Violência Contra a Mulher, que acontece em João Pessoa, em novembro.O juiz do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) Marcelo Campos também participou do encontro e explicou que o tribunal pretende criar um juizado especializado em prol da mulher, mas para que isso ocorra será necessária a realização de um estudo para definir quando e como ele deverá ser implantado.Os estados do Piauí, Tocantins e Roraima recentemente instalaram juizados de atendimento especializado às mulheres vítimas de violência. Com o acréscimo há 47 juizados em todo o país, mas até o fim deste ano 51 devem estar em funcionamento.Maria da Penha - Sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 11.340/2006 avançou significativamente no combate à violência contra a mulher. A lei determinou o aumentou do tempo de prisão dos agressores e eliminou o pagamento de cestas básicas como forma de punição. Outra medida importante com a edição da lei é o fato de que o agressor pode ser preso em flagrante ou ter sua prisão preventiva decretada.fonte: CNJ
Postado por Tânia

terça-feira, 6 de julho de 2010

MOÇÃO DE REPÚDIO AO VEREADOR LOURIVALDO

A moção abaixo foi encaminhada à Câmara Municipal de Pontes e Lacerda na data de ontem com a finalidade de ser lida durante a sessão onde foi proposta abertura de CPI para investigar o caso.


Violência contra a mulher é uma violação aos direitos humanos



O CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA MULHER DE MATO GROSSO não pode se omitir diante de tão desprezível e inaceitável agressão a uma mulher mato-grossense.

Enquanto a sociedade mundial e a brasileira combate a violência de gênero, o “nobre vereador” Lourivaldo Rodrigues de Moraes, “popular” Kirrarinha, da Câmara Municipal de Pontes e Lacerda em Mato Grosso, caminha na contramão da história mundial, quando em ato covarde e machista agride com um soco o rosto da repórter da TV Centro Oeste/SBT, Márcia Pache dentro de uma delegacia de policia, naquela cidade, simplesmente porque a mesma estava cumprindo com sua obrigação profissional, fato esse que o contrariou e diante disso o “representante do povo” de Pontes e Lacerda se sentiu no DIREITO DE AGREDÍ-LA FISICAMENTE.

Repudiamos e reprovamos toda e qualquer violência, principalmente a violência de gênero que é qualquer ato que resulte ou venha resultar em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, incluindo ameaças, castigos, maus tratos, pornografia, agressão física, agressão sexual, incesto e coerção ou privação arbitraria de liberdade em público ou na vida privada.

Os casos de violência contra a mulher dizem respeito a todas e todos. Deixaram de ser assunto privado, passaram a serem considerados crimes públicos, um atentado aos direitos humanos.


Cuiabá, MT, 05 de julho de 2010


Drª Ana Emilia Iponema Brasil Sotero

Presidente


Tânia Regina de Matos

Vice-Presidente