Esta página foi criada para interação de todos os Conselhos Municipais de Direitos da Mulher de Mato Grosso e do Brasil. Sejam bem vindas(os)!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
ENTREVISTA PARA O CANAL 53 SOBRE VIOLÊNCIA DE GÊNERO
CURSO DIREITOS HUMANOS E A VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO BRASIL REALIZADO NA UNISAT
VISITA AO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DE MATO GROSSO
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
VISITA AO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MATO GROSSO
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
VISITA AO DEFENSOR GERAL DE MATO GROSSO
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
A violência doméstica e o menor
João da Costa Vital
A violência doméstica é um estigma emblemático da sociedade pós-moderna. Os infanto-juvenis do Brasil estão em franca decadência e não adianta culpar tão somente o Estado, o Estatuto do Menor [ECA], o maior responsável é a excessiva liberdade que os pais moderninhos dão às crianças, não impondo limites. Atualmente não são mais os pais que exercem autoridade sobre os filhos [disciplina-os], mas sim os filhos que ditam as normas nos lares. Há uma inversão de valores.
É necessário dizer que além dos pais perderem a autonomia no lar para educar, perdeu-se [muitos deles] a moral. Crianças são iniciadas, assassinadas dentro do próprio lar. Adulto destemperado pelas drogas, pelo desemprego, por casamentos desfeitos, serve-se de crianças, pervertem-nas, matam-nas.
A parte podre da nossa imprensa (os sensacionalistas de plantão), tão condescendentes com políticos corruptos, volta-se constantemente, pela manipulação ideológica que sofre, a transformar o moderníssimo Estatuto do Menor [ECA] em bode expiatório da situação de violência, onde menores [viciados em drogas] se envolvem por descuido dos pais que os deixam ser adotados pelos malditos traficantes. Há mais de quatro décadas que vem num crescendo a participação de menores infratores. O Estatuto do Menor tem apenas 21 anos, só agora completou sua maioridade absoluta. Esquecem esses hipócritas e politiqueiros apresentadores de tevê que o Brasil, apesar de ter melhorado sensivelmente sua política social [no excelente governo Lula], continua no topo da lista dos países com maior desigualdade social. Não se cumpriu até início desta primeira década do século 21 o comando constitucional no sentido de propiciar educação, saúde, esporte, lazer e, principalmente saciar a fome de um terço da população do país. O Estado tem sua parcela de culpa, pois adota políticas sociais tímidas e inconsequentes.
Não é cadeia e/ou redução penal que irá amenizar a violência praticada pelo menor e adolescente. É preciso construir um país com políticas públicas e não com polícia, senão teremos o desprazer, cada vez mais, de vermos os péssimos programas policiais de tevê, conseguindo os maiores picos de audiência. Esses apresentadores, na realidade, não querem que o país solucione os problemas do menor violentado pela sociedade, pois, cessado isso, eles perderão seus empregos e, talvez, umas vaguinhas em cargos políticos, eletivos ou não. Acreditamos piamente que a Educação é a verdadeira ponte de ouro entre a marginalidade e a cidadania.
A sociedade brasileira tem que aprender, sim, a se indignar com políticos corruptos, ladrões de "colarinho branco", que desviam os parcos recursos públicos destinados às políticas sociais para os seus bolsos. Os recursos públicos são bastante razoáveis para o atendimento às políticas sociais. O problema maior é a malversação desse recurso por parte dos agentes públicos. A sociedade brasileira tem que entender que político já condenado por corrupção tem que ser condenado à prisão e não serem reeleitos para novo mandato ao invés de se exigir punibilidade ao menor.
A opção cantada em versos e prosas por prosélitos da nossa imprensa e por alguns políticos hipócritas pela redução da imputabilidade penal importará que ao invés de oportunidade para o jovem vir a desenvolver seu potencial de afastamento da criminalidade, acabará completando seu processo de formação na promiscuidade da penitenciária de adultos, convivendo com a violência física, psíquica e sexual, tornando-o ainda mais revoltado e violento. Por fim, não me venham com ideias estapafúrdia de usar exemplos dos EUA, melhor nos espelharmos em países politicamente mais corretos. Na Holanda e Suécia a idade penal só dá início depois de vinte e um anos de idade. Tenho dito.
João da Costa Vital é contador, pedagogo, jornalista, analista político e escreve em A Gazeta às quartas-feiras. E-mail: joaocvital@pop.com.br
terça-feira, 13 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
VIOLÊNCIA URBANA É FRUTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
São garotas e garotos que presenciaram agressões psicológicas e físicas, sofreram violência doméstica e familiar de forma direta ou indireta, ativa ou passivamente, viveram na opressão e repressão familiar e hoje vemos esse comportamento reproduzido na banalização da violência urbana. Não se pode esquecer que além da violência física e psicológica, outra que se faz presente no meio doméstico é a cruel violência sexual.
A violência seria resultante de um desequilíbrio entre fortes e fracos. A violência em suas mais variadas formas de manifestação afeta a saúde representando um risco maior para a realização do processo vital humano: ameaça a vida, produz enfermidade, danos psicológicos e em última instância provoca a morte.
O fenômeno da violência teve o seu princípio como forma de sobrevivência do homem primitivo, para superação da hostilidade da natureza no início dos tempos. Hoje, ele assume uma nova face: a de continuar existindo como conseqüência da organização humana no mundo. Tanto ontem quanto hoje, retrata o homem e a mulher diante das desigualdades na relação entre superior e inferior, utilizando o poder com fins de dominação, exploração e opressão.
Definir violência contra criança e adolescente é também alternar junto às mudanças culturais e históricas em todo o mundo, e, buscar o aumento da conscientização de que conseqüências podem ser geradas sobre o desenvolvimento de uma criança ou de um adolescente em decurso da violência sofrida e vivida.
Independentemente da classe social, tudo começa com o desrespeito às necessidades físicas e sócio-emocionais de uma criança e um adolescente. A primeira conseqüência sob a forma de rebeldia, desrespeitos e fugas, geralmente atinge a família. A segunda atingirá, de alguma forma, a omissa sociedade que ajudou a violentar os seus demais direitos.
Uma vida marcada pela violência, com carência de afeto, espiritual e material de um ambiente familiar, impróprio ao seu desenvolvimento, somada, à falta de habitação digna e da alimentação adequada ao seu crescimento, além da absoluta falta de perspectiva de um futuro decente, contribui para um provável direcionamento a criminalidade.
Diante do constante aumento da perpetuação criminal que impera, a sociedade clama por segurança e justiça em nossa cidade e país. Essa mesma sociedade ignora ou não valora o real significado da palavra PREVENÇÃO. PUNIR não é a solução, diminuir e coibir a violência que se faz presente, unicamente será viável através da mudança de mentalidade que acontecerá via conhecimento e informação por meio de capacitações, palestras, debates, seminários com pessoas envolvidas com o desenvolvimento humano de crianças e adolescentes, ou seja, mães, pais, educadoras, educadores e sociedade de uma maneira geral.
Veremos respeitados os direitos humanos de todos termos os mesmo direitos, quando gestoras e gestores entenderem que é imprescindível o investimento em seres humanos, que se encontram sedentos de informação, e quando compreenderem que as feridas provocadas pela violência doméstica e familiar de hoje, não cicatrizarão nas meninas e nos meninos que serão os adultos do amanhã, é que poderemos falar sobre igualdade entre mulheres e homens sem qualquer discriminação ou distinção.
* Professora e Advogada. Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso.
10 DE OUTUBRO - DIA NACIONAL DE LUTA E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
DIREITOS DA MULHER
Conselho realiza campanha para adesão ao Pacto Nacional pelo Enfretamento à Violência contra a Mulher
PAMELA MURAMATSU
Assessoria/Setecs-MT
Ednilson Aguiar/Secom-MT |
Dia de luta contra a violência contra mulher será lembrado em evento na Praça Ipiranga |
O Conselho Estadual da Mulher participa nesta quinta-feira (08.10) de uma atividade, na Praça Ipiranga, em Cuiabá, promovida pelo Fórum das Mulheres. O evento tem o objetivo de celebrar o Dia Nacional de Luta e Enfretamento à Violência Contra a Mulher, comemorado no dia 10 de outubro.
Na oportunidade também será lançada a campanha para adesão do Estado de Mato Grosso ao Pacto Nacional pelo Enfretamento à Violência Contra a Mulher, proposto pela Secretaria Especial de Políticas para a Mulher, ligada ao gabinete da Presidência da República. As atividades iniciam às 8h e encerram às 18h.
Durante todo o dia serão realizadas inúmeras atividades de conscientização, distribuição de material explicativo, feira de artesanato, poesia, canto. Além disso, serão recolhidas assinaturas para adesão ao pacto.
Segundo a presidente do conselho e conselheira da OAB/MT, Ana Emília Iponema Brasil Sotero, a adesão ao pacto permite ao governo estadual e aos municípios o recebimento de mais recursos federais para o desenvolvimento de políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulher.
“A violência urbana é fruto também da violência doméstica. Não se pode desassociar uma coisa da outra. E a adesão ao pacto vai permitir que mais recursos possam ser investidos em ações como a implementação da Lei Maria da Penha em todos os municípios de Mato Grosso, capacitação dos agentes públicos que lidam com o acolhimento da mulher vítima de violência, realização de palestras, cursos, além de informar a sociedade sobre o problema”.
De acordo com um levantamento estatístico realizado pelo Conselho da Mulher, de agosto de 2006 a agosto de 2009, 78.168 mulheres foram vítimas de violência em apenas oito municípios de Mato Grosso (Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande, Alta Floresta, Juara, Cáceres, Tangará da Serra e Primavera do Leste). O estudo colheu informações nas comarcas, delegacias especializadas, e nos Centros Integrados de Segurança e Cidadania (CISC).
O Pacto Nacional pelo Enfretamento à Violência Contra a Mulher trabalha com os seguintes eixos: implementação da Lei Maria da Penha, promoção dos direitos humanos das mulheres em situação de prisão, promoção dos direitos sexuais e reprodutivos, enfrentamento da feminizaçao da AIDS e outras DSTS, combate à exploração sexual e ao tráfico de mulheres.
O mesmo evento que acontece em Cuiabá acontecerá simultaneamente em Rondonópolis e Cáceres.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Reunião do CEDM-MT
Na manhã de hoje reuniram-se na sede do CEDM as representantes da entidade civil e do governo que compõe o colegiado. A presidente informou que participou nos dias 23 e 24 de um Seminário em Brasília promovido pelo CNDM sobre o Papel dos Conselhos no Controle Social das Políticas Públicas para Mulheres. A presidente sugeriu a mudança doHou II Ciclo de Palestras para um Seminário no auditório da OAB, no dia 10 de Dezembro, onde será lançada a Campanha: Violência contra a Mulher é uma Violação dos Direitos Humanos, sendo certo que o TCE, a Defensoria Pública, AMAM e Tribunal de Justiça serão convidados para serem parceiros. Será proposto ao TCE para arcar com o custo da publicidade, DPE, camisetas, Tribunal de Justiça com os impressos.
sábado, 3 de outubro de 2009
CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA MULHER PROPÕE MUDANÇAS
O objetivo desse Encontro das Presidentes, além do intercâmbio de experiências e da ampliação de conhecimento e amizade, foi a propositura de mudanças estruturais nos Conselhos dos Direitos da Mulher. Dentre as quais destacamos:
1) A composição de 80% com representação dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada nos Conselhos Estaduais e Municipais dos Direitos da Mulher.
2) Que a Presidência dos Conselhos seja preferencialmente ocupada por representante da sociedade civil para que o controle social seja efetivo;
3) A criação de um FUNDO para que os Conselhos tenham além da autonomia política haja também na autonomia financeira;
4) Alteração na lei de criação dos Conselhos de Direitos da Mulher acrescentando a expressão: deliberativo e fiscalizador de políticas públicas;
5) A criação de uma Rede entre Conselhos Estaduais e Municipais dos Direitos da Mulher.
Foram dois dias profícuos de discussões e apresentação de painéis das ações e atividades desenvolvidas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso apoiou as mudanças propostas e se manifestou sugerindo que eventos como esse aconteçam pelo menos uma vez por semestre e com o período de realização ampliado.
A presença dos CONSELHOS DOS DIREITOS DA MULHER no Brasil é de fundamental importância não só para assegurar o cumprimento de um preceito constitucional, como também para favorecer, de forma institucional, a participação do poder público e da sociedade civil na construção e implementação de políticas públicas em favor da igualdade de oportunidades de direitos entre todas as pessoas.
* Ana Emilia Iponema Brasil Sotero é Professora e Advogada. Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
ATO PÚBLICO
O ato será no dia 8 de outubro, a partir das 8h, na Praça Ipiranga (Cuiabá).